Não conseguir cumprir objetivos... eis uma situação bem desgastante e
também bem comum. É, talvez, ainda pior quando envolve outra pessoa, pois além
da sensação de frustração que sentimos, também decepcionamos um terceiro. E se
esse é um fato que se repete, não só o outro começa progressivamente a perder a
credibilidade que nos depositava, mas nós também vamos sentir paulatinamente
nossa autoconfiança enfraquecer, o que por sua vez facilita a recorrência desse
ato.
Porque criamos
objetivos e não os cumprimos?
Por vários motivos, vamos levantar alguns:
As vezes nossos propósitos simplesmente são esquecidos por causa das
vivências do cotidiano, e quando nos damos conta, já passou tanto tempo que
havíamos decidido fazer algo que acabou, de certa forma, perdendo importância;
Pode ser uma forma de fugir de alguma angústia. Passamos a pensar em um
objetivo e ficamos com ele em mente só para não pensar no que nos angustia de
verdade (péssima escolha);
Preguiça mesmo (falta de vergonha na cara acontece... kkk);
Como citei anteriormente, falta de autoconfiança;
Maus hábitos;
Depressão (busque ajuda especializada);
Como
mudar?
Como sair disso se você sempre deixa tudo para próxima segunda-feira? Em
primeiro lugar tenha em mente que não é fácil... afinal você não posterga
porque quer e se uma página resolvesse seus problemas, amigo... modéstia à
parte... eu seria um gênio! Se as coisas fossem assim, apenas uma palestra
motivacional seria suficiente para nos motivar a vida inteira.
Mas não tome isso como um desapontamento, compreenda este texto como um
dos instrumentos que te auxiliem nessa jornada para que em algum momento você
mude essa situação de forma efetiva.
Enfim, vamos procurar enxergar de uma forma um pouco mais simplificada e
recorrer a palavras mágicas: fé, planejamento, foco e esforço.
Já vou começar pela fé. Aqui não se trata de fé religiosa, mas em nós
mesmos. Vamos ser bem práticos e diretos: é possível mudar e melhorar (e ponto
final). Ok? Se não estiver tudo ok relembre fatos em que você venceu, se
superou, você vai encontrar. Muitos de nós somos especialistas em relembrar as
decepções e tropeços que enfrentamos, as vergonhas que passamos, são lembranças
que vez ou outra vem à mente para nos corroer. Então faça o contrário. Eleja
como troféus as recordações de sucesso e trate de coloca-las disponíveis à sua
lembrança. Exercite isso rapidamente, admire-se mais! Isso ajuda.
O planejamento é como a luz de um farol na
escuridão, no meio da tempestade. A presença da luz não faz a tempestade parar,
mas ao menos o barco tem para onde ir, não ficará perdido.
O planejamento pode ser algo simples, vamos a ele. Você já deve ter ouvido
bastante as pessoas falarem para que você escreva seus planos, para que eles
não fiquem somente na mente. Então os escreva mesmo! Pois essa é uma forma
fácil de colocar em ação o seu novo mantra de quatro palavras. Mas acima de
tudo, descreva não somente o objetivo em si, mas principalmente, os passos para
alcança-lo (aqui está o segredo). Esse será seu farol.
Para continuar, uma boa estratégia é adotar como fiel amigo um caderno
de organização (caderno mesmo, usar o computador ou celular para este fim pode
facilmente dispersar a atenção no momento do uso) ele te ajudará a prosseguir
em uma linha reta, auxiliando a não te fazer desviar do foco
com o tempo.
Divida este caderno em setores. Como exemplo, setor
do planejamento anual, mensal, semanal e diário. Se você se esforçar a escrever
um plano (digamos) anual, já terá uma visualização mais fácil dos seus
objetivos. Atribuindo metas para seus meses, conseguirá distribuí-los melhor nas
semanas e assim pode encaixar os afazeres da semana no seu dia-a-dia.
Esse é um ponto voltado para objetivos de médio a longo prazo, mas ele
pode ser feito com a mesma estrutura para os menores e mais simples, apenas
como uma exposição mais organizada do que faremos amanhã ou nesta semana (sem
perder o foco).
Tomamos banho e escovamos os dentes todos os dias por dois motivos: além
da necessidade, pelo hábito. Já repetimos tanto esse ritual que nem pensamos
mais em não fazer, da mesma forma, nem pensamos em trocar as marchas do carro
ou em lavar as mãos após ir ao banheiro (certo? :P). Esses são atos simples,
mas podemos usá-los como exemplos para visualizar o hábito nas condutas mais
complexas. Ou seja, podemos nos habituar a realizar e a não realizar. Portanto,
esforce-se para cumprir o que planeja constantemente. Quanto mais você
se mantiver nesse movimento mais fácil fica, e quanto mais você desiste ou
esquece do que pretendia fazer, mais difícil fica. Tão difícil que você pode
chegar a um ponto de ficar completamente perdido e desiludido. Acredite!
Você também pode comentar com alguém de bastante confiança sobre algum
plano para que isto crie uma pressão positiva e funcione como uma motivação.
Lembre-se das palavras mágicas, se não a bola de neve descrita no primeiro
parágrafo aparece de novo.
Não esqueça de estabelecer datas para que tudo não fique para começar
amanhã ou sem data para terminar.
Também busque observar se você, embora mantenha firme a vontade em
realizar, acaba no fim se dispersando com coisas secundárias. Se este é o caso
(ou só mais um dos elementos), não fique chateado por perceber isso, pelo
contrário, fique feliz por conseguir notar um ponto em que precisa mudar (ter
consciência dos nossos defeitos vale ouro porque assim temos melhores chances
para evoluir, afinal, como mudar algo que nem percebemos existir?). Você muda
este contexto se não embarcar naquela primeira armadilha de distração que
parece breve e inofensiva, mas que te tira do ponto em que você quer trabalhar
(como jogar só uma partidinha daquele jogo antes de começar o trabalho para
valer). De novo: foco e esforço! Seja produtivo!
Essas foram algumas dicas para auxiliar e não para encerrar o assunto.
Não pare por aqui. Leia mais, assista vídeos, converse com outras pessoas para
saber suas estratégias. Conheça mais sobre o tema para que os conteúdos passem
efetivamente a fazer parte da maneira como você sente e pensa. Evolua!