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domingo, 7 de agosto de 2016

A confiança deve ficar em nós mesmos

Sou um seguidor de um grande pensador bastante comentado. Procuro acompanhá-lo em seus frequentes e admiráveis textos, e recentemente vivenciei algo curioso: o vi perdendo a calma e sendo grosseiro, sem razão alguma, com um outro fã, ao que logo em seguida pediu desculpa. O curioso dessa história foi que dias antes assisti a uma filmagem recente dele em que discursava sobre a calma e tolerância.

Ao meu ver ele foi pego em uma clara incoerência, mas e daí? Essa experiência não me frustrou e para mim não mudou em nada a visão que tenho dele (mas felizmente a grosseria não foi em cima de mim, afinal, por mais que possamos compreender o outro, acho que ninguém gosta de passar por uma situação dessas).

O fato não me decepcionou porque o que o faz ser um grande intelectual, além de alguma predisposição, é resumidamente, muito esforço e muita dedicação, de resto ele é igual a qualquer outra pessoa, cheia de brilho em certos campos, mas também cheia de pontos a melhorar.

Moral da história: (não falarei de religiosidade) se quisermos seguir uma ideia compartilhada, uma instituição, uma filosofia, um grupo de meditação, de estudo, de arte marcial, seja lá do que for, talvez o melhor seja colocar nossa fé em nós mesmos e não o professor / mentor, pois pessoas são pessoas e por isso falham.

Se identificarmos o líder como sendo a personificação do propósito que seguimos, o propósito pode vir a baixo no eventual tropeço deste líder (valorosa lição de vida que me foi dada por um amigo há uns 19 anos e que não a esqueço).

Talvez não nos seja possível ou nem convenha (para não virarmos intrometidos) auxiliar o outro, quando por ventura escorregar, mas sem dúvida podemos e devemos auxiliar a nós mesmos se, ou, quando também acontecer de falharmos. Então, nesse caso a fé pertence a nós e talvez não seja melhor entrega-la, pois sem querer, o outro a pode danificar. E a falha pode não significar nada, como nesse caso que contei, mas significará (erroneamente) se atribuirmos algo que não existe a quem nós queremos seguir.

Penso que a vida não é um caminho reto, cheio de passarinhos cantando e flores. Pode ter passarinhos cantando e flores sim, mas a compreendo como cheia de curvas, obstáculos e recomeços. Tudo isso não para os atormentar, mas para nos fazer melhores em cada reestruturação de planos, em cada conserto de rota, em cada superação e com a dádiva que é a chance de recomeçar quando caímos.


Mas como disse, ainda bem que não fui eu que passei pela grosseria, se não, mesmo pensando como descrevi, a conclusão da história poderia ser outra, afinal, temos limites. Por isso penso que sempre devemos nos esforçar para expandir nossa capacidade dia a dia.

sábado, 16 de julho de 2016

Como conseguir cumprir seus objetivos

Não conseguir cumprir objetivos... eis uma situação bem desgastante e também bem comum. É, talvez, ainda pior quando envolve outra pessoa, pois além da sensação de frustração que sentimos, também decepcionamos um terceiro. E se esse é um fato que se repete, não só o outro começa progressivamente a perder a credibilidade que nos depositava, mas nós também vamos sentir paulatinamente nossa autoconfiança enfraquecer, o que por sua vez facilita a recorrência desse ato.
Porque criamos objetivos e não os cumprimos?
Por vários motivos, vamos levantar alguns:
As vezes nossos propósitos simplesmente são esquecidos por causa das vivências do cotidiano, e quando nos damos conta, já passou tanto tempo que havíamos decidido fazer algo que acabou, de certa forma, perdendo importância;
Pode ser uma forma de fugir de alguma angústia. Passamos a pensar em um objetivo e ficamos com ele em mente só para não pensar no que nos angustia de verdade (péssima escolha);
Preguiça mesmo (falta de vergonha na cara acontece... kkk);
Como citei anteriormente, falta de autoconfiança;
Maus hábitos;
Depressão (busque ajuda especializada);
Como mudar?
Como sair disso se você sempre deixa tudo para próxima segunda-feira? Em primeiro lugar tenha em mente que não é fácil... afinal você não posterga porque quer e se uma página resolvesse seus problemas, amigo... modéstia à parte... eu seria um gênio! Se as coisas fossem assim, apenas uma palestra motivacional seria suficiente para nos motivar a vida inteira.
Mas não tome isso como um desapontamento, compreenda este texto como um dos instrumentos que te auxiliem nessa jornada para que em algum momento você mude essa situação de forma efetiva.
Enfim, vamos procurar enxergar de uma forma um pouco mais simplificada e recorrer a palavras mágicas: fé, planejamento, foco e esforço.
Já vou começar pela fé. Aqui não se trata de fé religiosa, mas em nós mesmos. Vamos ser bem práticos e diretos: é possível mudar e melhorar (e ponto final). Ok? Se não estiver tudo ok relembre fatos em que você venceu, se superou, você vai encontrar. Muitos de nós somos especialistas em relembrar as decepções e tropeços que enfrentamos, as vergonhas que passamos, são lembranças que vez ou outra vem à mente para nos corroer. Então faça o contrário. Eleja como troféus as recordações de sucesso e trate de coloca-las disponíveis à sua lembrança. Exercite isso rapidamente, admire-se mais! Isso ajuda.
O planejamento é como a luz de um farol na escuridão, no meio da tempestade. A presença da luz não faz a tempestade parar, mas ao menos o barco tem para onde ir, não ficará perdido.
O planejamento pode ser algo simples, vamos a ele. Você já deve ter ouvido bastante as pessoas falarem para que você escreva seus planos, para que eles não fiquem somente na mente. Então os escreva mesmo! Pois essa é uma forma fácil de colocar em ação o seu novo mantra de quatro palavras. Mas acima de tudo, descreva não somente o objetivo em si, mas principalmente, os passos para alcança-lo (aqui está o segredo). Esse será seu farol.
Para continuar, uma boa estratégia é adotar como fiel amigo um caderno de organização (caderno mesmo, usar o computador ou celular para este fim pode facilmente dispersar a atenção no momento do uso) ele te ajudará a prosseguir em uma linha reta, auxiliando a não te fazer desviar do foco com o tempo.
Divida este caderno em setores. Como exemplo, setor do planejamento anual, mensal, semanal e diário. Se você se esforçar a escrever um plano (digamos) anual, já terá uma visualização mais fácil dos seus objetivos. Atribuindo metas para seus meses, conseguirá distribuí-los melhor nas semanas e assim pode encaixar os afazeres da semana no seu dia-a-dia.
Esse é um ponto voltado para objetivos de médio a longo prazo, mas ele pode ser feito com a mesma estrutura para os menores e mais simples, apenas como uma exposição mais organizada do que faremos amanhã ou nesta semana (sem perder o foco).
Tomamos banho e escovamos os dentes todos os dias por dois motivos: além da necessidade, pelo hábito. Já repetimos tanto esse ritual que nem pensamos mais em não fazer, da mesma forma, nem pensamos em trocar as marchas do carro ou em lavar as mãos após ir ao banheiro (certo? :P). Esses são atos simples, mas podemos usá-los como exemplos para visualizar o hábito nas condutas mais complexas. Ou seja, podemos nos habituar a realizar e a não realizar. Portanto, esforce-se para cumprir o que planeja constantemente. Quanto mais você se mantiver nesse movimento mais fácil fica, e quanto mais você desiste ou esquece do que pretendia fazer, mais difícil fica. Tão difícil que você pode chegar a um ponto de ficar completamente perdido e desiludido. Acredite! 
Você também pode comentar com alguém de bastante confiança sobre algum plano para que isto crie uma pressão positiva e funcione como uma motivação. Lembre-se das palavras mágicas, se não a bola de neve descrita no primeiro parágrafo aparece de novo.
Não esqueça de estabelecer datas para que tudo não fique para começar amanhã ou sem data para terminar.
Também busque observar se você, embora mantenha firme a vontade em realizar, acaba no fim se dispersando com coisas secundárias. Se este é o caso (ou só mais um dos elementos), não fique chateado por perceber isso, pelo contrário, fique feliz por conseguir notar um ponto em que precisa mudar (ter consciência dos nossos defeitos vale ouro porque assim temos melhores chances para evoluir, afinal, como mudar algo que nem percebemos existir?). Você muda este contexto se não embarcar naquela primeira armadilha de distração que parece breve e inofensiva, mas que te tira do ponto em que você quer trabalhar (como jogar só uma partidinha daquele jogo antes de começar o trabalho para valer). De novo: foco e esforço! Seja produtivo!

Essas foram algumas dicas para auxiliar e não para encerrar o assunto. Não pare por aqui. Leia mais, assista vídeos, converse com outras pessoas para saber suas estratégias. Conheça mais sobre o tema para que os conteúdos passem efetivamente a fazer parte da maneira como você sente e pensa. Evolua!  

domingo, 10 de janeiro de 2016

“A felicidade, como muitos já disseram, não decorre das circunstâncias, mas de como você reage a elas. Na vida, é preciso lidar tanto com fatores ponderáveis quanto com imponderáveis, e o melhor que se tem a fazer é saber usar as oportunidades que surgem pelo caminho. Ou seja, o que conta, no final, não é a quantidade de chances que você teve, mas aquelas que de fato aproveitou.

Por isso, não adianta reclamar que fulano ou beltrano tem mais sorte do que você. Isso não muda a realidade. Precisamos jogar com as cartas que temos nas mãos, partir de onde estamos para o ponto aonde queremos chegar, pagando o preço de tempo e esforço que qualquer processo de mudança exige.” - William Douglas e Rubens Teixeira.